JOSÉ ÁLVARO AFONSO
O sol das férias desfaz sem remédio
Os ramos da estreia deixados na gaveta
No labirinto das hipóteses vãs
Insistem dolentes melodias roucas
Presentes por abrir abandonados nus
Já tardia a sombra desce sobre a nuca
Repete para dentro o que estava longe
Vislumbrada a fugitiva ausência
– Sede de mel a mel semelhante
Prisão de asas em desalinho –
Vai descontar à perfeição o inconsútil
Tolerar gladíolos e o primeiro frio
(de Furtiva a Luz, edições Salamandra, 1999 – colecção Garajau)
6.8.09
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário