MÁRIO SCHULTE
SEMPRE PEREGRINOS
Chegamos ao fim da noite por um triz.
O pior foi o desvio proibido na recta
veloz da madrugada. As coisas correram
como devem correr a peregrinos. Houve
quem estremecesse perante o inconcebível
da aurora e a osmose impensável.
As fronteiras eram gestos de aves.
Assim pensávamos: a verdadeira terra
é a dos sítios com orifícios onde começam
os túneis cavados em desejos de partir
E os túneis acabam sempre em todas as noites
Impossíveis de chegar. E eis-nos. Sempre peregrinos
(de Uma Estação no Inferno, Edições Litoral, 1986)
SEMPRE PEREGRINOS
Chegamos ao fim da noite por um triz.
O pior foi o desvio proibido na recta
veloz da madrugada. As coisas correram
como devem correr a peregrinos. Houve
quem estremecesse perante o inconcebível
da aurora e a osmose impensável.
As fronteiras eram gestos de aves.
Assim pensávamos: a verdadeira terra
é a dos sítios com orifícios onde começam
os túneis cavados em desejos de partir
E os túneis acabam sempre em todas as noites
Impossíveis de chegar. E eis-nos. Sempre peregrinos
(de Uma Estação no Inferno, Edições Litoral, 1986)
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