21.2.04

"a linguagem, qualquer linguagem é um clarão."

Foi apresentado ontem à noite, na livraria Ler Devagar, no Bairro Alto, em Lisboa, o 16º livro de poemas de Amadeu Baptista, O Som do Vermelho.
Falaram sobre o livro a sua prefaciadora, Ana Isabel Ribeiro e o poeta António Cabrita.

Trata-se de um poema longo, em três partes, que dialoga com três pinturas de Rogério Ribeiro.

Amadeu Baptista é um dos poetas com mais fôlego da actualidade. A sua escrita está marcada por uma intensidade de comunicação fulgurante.
Os seus poemas, de facto, assumem a função primordial da poesia: dizer o que não pode ser dito, fazem-se portadores do rumor mais profundo da nossa existência, desfazendo uma distância do essencial que vamos construindo.

Pena é que tão tão poucos de nós estejam dispostos a fazerem-se interpelar por esta poesia avassaladora.

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