VÍTOR MATOS E SÁ
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Na terrível importância quotidiana da vida
és a margem inevitável da tua brancura.
Entre teus braços escorre teu corpo,
entre teus olhos que searas rompendo!
Vem - eu te espero no alto de outro riso,
outro nome, outros dedos mais longos,
mais calmos, correntes...
Hei-de amar-te aí, sobre as primaveras e um vento
que amar-te assim desmancharia as rosas.
De nós subirão as estrelas para o céu;
de nós teus olhos fechados hão-de ver-me
regressando por teu corpo como um barco
ou a noite mais antiga e secreta.
(de Horizonte dos Dias, 1952)
dois docinhos do Xana
Há 10 horas
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