Ah, humanidade!
Li hoje um dos contos mais perturbantes que já me passaram pelas mãos: Bartleby, de Herman Melville (Assírio & Alvim, 1988). Não tem cenas chocantes nem referências macabras. É uma história simples, passada num escritório de um escrivão, em Nova Iorque.
O tradutor, Gil de Carvalho, em nota final, diz que ele é «um dos escritos "proféticos" da passagem, no século XIX, à modernidade».
Mas ele não respondeu nem uma palavra. Como a derradeira coluna de um templo arruinado, permaneceu de pé calado e sozinho no meio da sala deserta.
Já faltou mais.
Há 34 minutos
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