28.6.03

esquecer o sal e os dias
o vento distante
e o rosto de alguém

*

que bom o inverno
de já ser quase primavera
e árvores ainda sem folhas

*

poeta de voz irregular
as palavras que semeias
restos de cinzas

*

olhar logo por dentro
um rio profundamente navegável
algas e peixes

Rui Almeida

Sem comentários: