17.7.03

PAULO JORGE FIDALGO

S. TOMÉ

Pensámos que sem nós a ilha
não resistiria ao furor do mar.
Ano a ano a dúvida magoou-nos mais.
Levaram-nos a outros portos.
Houve barcos e coisas que recordamos facilmente
com alguma alegria.
À ilha, ponto minúsculo de nossas vidas,
jamais voltámos.
Embora a tenhamos no corpo.

(de Síntese Poética da Conjuntura, Hiena editora, 1993)

Sem comentários: